1) APRESENTAÇÃO

 

O XV CONFASER será um espaço de agregação de esforços, recursos e conhecimentos, tratando-se do evento máximo dos trabalhadores e trabalhadoras da Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa do Setor Público Agrícola do Brasil.

O CONFASER, realizado a cada três anos, já se consolidou como um marco para o fortalecimento político da categoria. O evento oferece diretrizes e provoca reflexões que reforçam o debate sobre o papel estratégico da Extensão Rural e da Pesquisa Pública Estatal, destacando sua relevância como políticas públicas voltadas à transformação social no campo.

É por meio dessas políticas que se garante não apenas condições dignas de trabalho para os profissionais da extensão e pesquisa, mas também melhorias reais na qualidade de vida de quem vive e trabalha na terra — os agricultores e agricultoras familiares, os povos das águas e das florestas deste país.

Nesta edição, traremos o tema: “Extensão Rural e Urgências Climáticas”, convocando a categoria e a sociedade a enfrentarem juntas os desafios da crise climática que atinge com mais força os territórios rurais e suas populações.

 

 2) OBJETIVO

 

Debater e aprovar teses que orientarão as ações das entidades representativas dos(as) trabalhadores(as) da Extensão Rural e da Pesquisa do setor público agrícola no Brasil, com o propósito de fortalecer e garantir a sustentabilidade da ATER e da Pesquisa Pública como políticas públicas permanentes e estruturantes para o desenvolvimento rural.

Ao mesmo tempo, o XV CONFASER busca aprofundar a compreensão sobre o contexto atual da agricultura familiar, reconhecendo sua importância estratégica para a soberania alimentar e a preservação dos territórios.

Por fim, também objetiva reforçar a identidade dos extensionistas como trabalhadores e trabalhadoras inseridos na luta de classes, protagonistas na construção de uma sociedade mais justa, democrática e solidária.

 

3) NÚMERO DE TRABALHADORES DA BASE REPRESENTADOS

A base é representada por cerca de 20.000 (vinte  mil) trabalhadores da extensão e pesquisa.  São esperados cerca de 400 participantes, entre extensionistas, pesquisadores e profissionais de outras áreas de todo o Brasil, mas todos poderão acompanhar o evento pelo canal de YouTube da FASER.

 

4) LOCAL E DATA DA REALIZAÇÃO

O XV CONFASER será realizado em Campina Grande - Paraíba, de 09 à 12 de setembro de 2025.

 

 

 5) - COORDENAÇÃO COLEGIADA EXECUTIVA NACIONAL

 

Gestão 2022-2025
TITULARES

 

José Cláudio Fidélis Pereira, Coordenador-Geral
Ellen Silva da Costa, Coordenadora Executiva
Marcos Aurélio Varela Souza, Coordenador Financeiro
Lúcia Morais Kinceler, Coordenadora de Relações Institucionais
Maria Luciene Luzia Tavares Albuquerque, Coordenadora de Comunicação
Marines Rosali Bock, Coordenadora de ATER e Pesquisa
Ronaldo Vieira de Aquino, Coordenador de Política Sindical e Formação

 

 

 

5.1- COMISSÃO ORGANIZADORA NACIONAL

 

Kátia Santana Ferreira da Silva, Diretora-Geral do SINTER-PB
Maria Bethânia Torres Costa, Diretora Social do SINTER-PB
Justino Vieira Filho, Diretor de Assuntos Jurídicos do SINTER-PB

 

5.2 - NÚCLEO DE APOIO

José Cláudio Fidélis Pereira, Coordenador-Geral da FASER
Marcos Aurélio Varela Souza, Coordenador Financeiro da FASER

 

 

5.3- COMISSÃO DE FINANÇAS E PATROCÍNIO

José Cláudio Fidélis Pereira, Coordenador-Geral da FASER
Marcos Aurélio Varela Souza, Coordenador Financeiro da FASER
Marines Rosali Bock, Coordenadora de ATER e Pesquisa
Lúcia Morais Kinceler, Coordenadora de Relações Institucionais da FASER
Kátia Santana Ferreira da Silva, Membro Convidado
Carlos José de Carvalho, Membro Convidado

 

5.4- COMISSÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA

Marines Rosali Bock, ASAE-RS - Coordenação
Ellen Silva da Costa, SINTERP-MT
Fernanda Maria Lima Maia, SINTER-MG
Professor Ricardo Serra Borsatto, Unicamp-SP
Professora Carolina Rios Thomson, UnB
Professora Daiane Vargas, UFSM-RS

 

5.5 -  COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO E APOIO

Luciene Tavares, Coordenadora de Comunicação da FASER
Bruno Antunes, Assessoria de Imprensa
Ildeanne dos Santos Costa, Assistente Administrativo da FASER

 

6) TEMÁTICAS DO CONGRESSO

O tema central e os subtemas do XV CONFASER foram escolhidos através de debates no Grupo de Trabalho de ATER da Federação e referendados pelo conselho deliberativo na reunião ocorrida em João Pessoa - PB.

 

 6.1 TEMA CENTRAL -EXTENSÃO RURAL E URGÊNCIAS CLIMÁTICAS

 

O tema do XV CONFASER, “Extensão Rural e Urgências Climáticas”, destaca a importância da extensão rural e pesquisa agropecuária diante dos desafios ambientais que ameaçam a segurança alimentar e os meios de vida no campo. As urgências climáticas intensificam secas, enchentes e pragas, impactando a produção agrícola e exigindo estratégias adaptativas.

 

A extensão rural tem um papel crucial na promoção de práticas sustentáveis, no fortalecimento da agroecologia e na promoção da resiliência dos sistemas produtivos. Além disso, a pesquisa agropecuária deve ser valorizada para desenvolver soluções inovadoras que reduzam a dependência de insumos químicos e protejam os ecossistemas. Assim, o fortalecimento dessas políticas é essencial para garantir a soberania alimentar e a sustentabilidade da produção rural no Brasil.

 

Os Resumos Expandidos a serem submetidos pelos participantes poderão abordar os seguintes Subtemas: 1. Produção de Alimentos e Erradicação da Fome; 2. Sistemas Resilientes e Ecológicos e 3. Sindicalismo e desafios contemporâneos da Extensão Rural.

 

 

6.2 - BLOCO DE SUBTEMAS DO CONGRESSO

 

Os subtemas do XV CONFASER foram escolhidos em reunião do Grupo de Trabalho de ATER da Federação e referendados em reunião do Conselho Deliberativo. 

 

Subtema 01 - Produção de Alimentos e Erradicação da Fome

A crise climática tem desafiado a capacidade dos sistemas produtivos de garantir a segurança alimentar, tornando a erradicação da fome um objetivo cada vez mais complexo. O aumento da frequência de eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e chuvas intensas, impacta diretamente a produtividade agrícola e compromete o abastecimento e a acessibilidade dos alimentos, especialmente para a população mais vulnerável.

O fortalecimento dos sistemas produtivos voltados à agricultura familiar requer a garantia de acesso a insumos, assistência técnica continuada e infraestrutura adequada para produção, armazenamento e distribuição. A ampliação de linhas de crédito específicas, a desburocratização do acesso a programas governamentais e a implementação de políticas de compra pública, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), são essenciais para garantir que os agricultores familiares possam produzir e comercializar seus produtos de forma sustentável. Além disso, é necessário estimular a transição de cadeias produtivas voltadas à exportação ou a cultivos de baixo impacto social, como o tabaco e as monoculturas, para cadeias produtivas de alimentos diversificados, fortalecendo os circuitos regionais de abastecimento e reduzindo a dependência de importações.

Nesse contexto, é imprescindível reconhecer o papel central das mulheres na agricultura familiar e na agroecologia para o enfrentamento das urgências climáticas. Elas são protagonistas na diversificação produtiva, no uso sustentável dos recursos naturais e na preservação e transmissão de saberes tradicionais, contribuindo decisivamente para a construção de sistemas alimentares mais resilientes, sustentáveis e justos. No entanto, enfrentam desafios estruturais persistentes, como desigualdade no acesso à terra, crédito e assistência técnica. Superar essas barreiras e valorizar seu protagonismo é fundamental para avançar na produção de alimentos e na erradicação da fome.

Os trabalhos científicos e relatos de experiência submetidos para este subtema podem abordar ações de apoio à produção de alimentos por agricultoras e agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais, a transição para sistemas produtivos mais sustentáveis, estratégias de fortalecimento da agricultura familiar e formas de ampliar a inclusão produtiva e comercial do setor.

São especialmente bem-vindas experiências que evidenciem o protagonismo das mulheres na produção de alimentos e na luta pela erradicação da fome. Também são relevantes estudos sobre desafios logísticos, infraestrutura rural, comercialização em mercados institucionais e programas de abastecimento alimentar voltados para a segurança alimentar e nutricional.

 

 

Subtema 02 - Sistemas Resilientes e Ecológicos

A consolidação de sistemas agrícolas resilientes e ecológicos tornou-se imprescindível diante da instabilidade climática e da crescente degradação ambiental. O conceito de resiliência vai além da simples capacidade de recuperação frente às adversidades; envolve a adaptação contínua das práticas agrícolas para garantir uma produtividade sustentável, preservando os ecossistemas.

Para que esses sistemas se consolidem, é essencial que haja investimentos em pesquisa e inovação tecnológica, possibilitando a criação de soluções adaptadas às diversas realidades agrícolas do país. A valorização dos saberes tradicionais dos agricultores e agricultoras, associada ao desenvolvimento de técnicas como os sistemas agroflorestais, o uso de bioinsumos e práticas regenerativas, permite a construção de modelos produtivos que reduzem a dependência de insumos químicos convencionais e aumentam a resiliência da produção frente às mudanças climáticas.

Além disso, a viabilidade econômica desses sistemas deve ser garantida por meio de incentivos financeiros e de mercado, como certificações participativas, acesso a linhas de crédito diferenciadas e fortalecimento de cadeias produtivas curtas e sustentáveis. Em relação às mulheres, se destacam por suas iniciativas que promovem práticas agroecológicas, contribuindo significativamente para a conservação da biodiversidade, o manejo sustentável dos recursos naturais e a segurança alimentar e nutricional.

Nesse contexto, a Extensão Rural pública desempenha um papel estratégico ao fomentar o avanço tecnológico e o fortalecimento da agricultura familiar por meio da promoção de práticas que favoreçam a biodiversidade, a regeneração dos solos, o uso eficiente da água e a diversificação produtiva.

           Os trabalhos científicos e relatos de experiência submetidos para este subtema podem abordar práticas agroecológicas bem-sucedidas, políticas públicas de incentivo a sistemas agrícolas resilientes, uso eficiente da água para abastecimento humano e saneamento rural, preservação da biodiversidade, impactos positivos da diversificação produtiva na adaptação climática, estudos de caso sobre restauração ecológica no contexto agrícola e estratégias de financiamento para modelos produtivos sustentáveis. Além disso, pesquisas sobre o papel da Extensão Rural na transição agroecológica e na promoção de sistemas resilientes são altamente relevantes para o debate.

 

Subtema 03 - Sindicalismo e desafios contemporâneos da Extensão Rural

O sindicalismo na extensão rural enfrenta desafios cada vez mais complexos diante da precarização das condições laborais, terceirização crescente e a perda de direitos trabalhistas, que impactam diretamente não apenas os profissionais do setor, mas também a qualidade do atendimento oferecido aos agricultores familiares e comunidades rurais.

O desmonte progressivo das empresas públicas de extensão e pesquisa agropecuária, por meio de fusões, extinções ou cortes orçamentários, compromete a continuidade das políticas de assistência técnica e a implementação de inovações fundamentais para o fortalecimento da produção agrícola sustentável. Ademais, a perda de autonomia dessas instituições devido a ingerências políticas fragiliza ainda mais sua capacidade de ação, criando um cenário de instabilidade e vulnerabilidade para trabalhadores e beneficiários dos serviços de extensão.

Somam-se à precarização estrutural, as desigualdades de gênero e raça, que agravam a vulnerabilidade de muitos profissionais da extensão rural. Outro ponto relevante para o debate é a saúde das trabalhadoras e trabalhadores da extensão rural, dado o aumento da carga de trabalho, a falta de infraestrutura adequada e as incertezas sobre o futuro das instituições públicas, que degradam as condições físicas e mentais dos profissionais.

Ademais, a pesquisa agropecuária, essencial para o desenvolvimento de soluções inovadoras e adaptadas à realidade dos pequenos produtores, também sofre os impactos da precarização institucional. A desvalorização dos pesquisadores e o desmonte das instituições públicas de pesquisa enfraquecem a capacidade de geração de conhecimento, dificultando o avanço de práticas agrícolas resilientes e ecologicamente sustentáveis.

Diante desses desafios, é fundamental fortalecer o papel das entidades sindicais na defesa dos direitos dos trabalhadores da extensão rural e da pesquisa agropecuária, garantindo condições dignas de trabalho, autonomia institucional e investimentos contínuos para o desenvolvimento do setor. Os trabalhos para este subtema podem incluir reflexões sobre precarização, desigualdades de gênero e raça, saúde do trabalhador e políticas públicas para a valorização da extensão e da pesquisa.

 

 

8 - ORGANIZAÇÃO DO CONGRESSO

O evento será organizado em nove momentos distintos, mas complementares, da seguinte forma:

1º - Conferência Magna com o tema central do evento “Extensão Rural e Urgências Climáticas”

 

2º - Mesa Redonda - Desafios contemporâneos da Extensão Rural.

 

3º - Eleições da FASER

 

4º - Apresentação dos resumos expandidos preferencialmente de acordo com os subtemas apresentados e debatidos na Mesa Redonda

 

5º - Trabalhos em grupos, debates e formulação de proposições tendo como referenciais as palestras na mesa redonda sobre os subtemas e os resumos expandidos.

 

6º - Mesa sobre Sindicalismo e os Desafios para os Trabalhadores e Trabalhadoras  da Extensão Rural e Pesquisa Pública

 

7 º  - Plenária de Final encaminhamentos e apresentação e aprovação de moções  do XV CONFASER

 

8º - Posse dos Órgãos Colegiados Eleitos: Coordenação Colegiada Executiva Nacional; Coordenadorias Regionais e Conselho Fiscal  da FASER

 

9º - Encerramento do XV CONFASER